terça-feira, dezembro 19, 2006

O prazer da escrita,

das letras que se vão materializando numa sequência harmoniosa, de pensamentos, sentimentos e experiências. É um prolongamento de nós imortalizado numa folha de papel, no écran de um computador, num bilhete de amor. Escrevam. Com erros, sem erros, com lógica ou sem ela, mas, por favor, escrevam... descubram o prazer da escrita, a sua vertente terapêutica, quanto mais não seja porque o papel só ouve e nunca refila ou está farto. Descubram o poder da escrita, da coerência sem interrupções... usem-na para mandar o Bush à merda ou para felicitar uma qualquer iniciativa que achem merecedora. Escrevam, com ou sem imaginação, mas criem, sintam e partilhem. Não deixem morrer dentro de vós a importância do que sentem. Sejam egocêntricos e escrevam, deliciem-nos... mostrem-nos do que são capazes, de quão contemplativos e válidos são os vossos pensamentos. Com maiúsculas ou minúsculas, com metáforas, hipálages, hipérboles, alegorias, personificações, sinédoques ou sem elas, escrevam... Dancem com a língua, obriguem-na a obeceder ao vosso passo de comando, usem-na, abusem-na, inventem-na, mas, por favor, escrevam!

8 comentários:

Rhodes disse...

Bravo Mestre, bravo! Standing fuckin ovation!!!

Luijinho disse...

Subscrevo. E mais uma vez...Bravo!!!

AlémTejo100Lei disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
AlémTejo100Lei disse...

Gostei! Mas eu sou dos que escreve com erros, mas só gramaticais. Os erros ortográficos fazem-me bastante confusão, e no ericeira.com corrigia muitos que agora lá estão, vergonhosamente (ou não) para os autores.

Hugo Rocha Pereira disse...

Parabéns ao escriba pela sentida e bela descrição deste prazer-vício que transforma o sangue em tinta e transporta as emoções, pensamentos e experiências para frases, parágrafos e páginas.
p.s. - Felizmente, este é um prazer cada vez mais presente na sociedade portuguesa, doutra forma seríamos privados de testemunhos do calibre de "Eu, Carolina" ;-)

Claricinha disse...

A escrita permite a imortalização de pensamentos, é uma forma de arte, é de facto uma criação, não é a realidade, transcende-a! Muito bom Tiago

Vasco Figueira disse...

Quando a pessoa (humana, sim) escreve o que sente e sente o que escreve, saem destas coisinhas.

E é tão bom.

nuno disse...

És grande!