quinta-feira, janeiro 25, 2007

Starwars Bloopers





100 horas de nós (por enquanto)

Encetar relações humanas. Um movimento diário enquanto seres humanos. Com o condutor do autocarro que nos leva ao trabalho, através de um agradável e sorridente "Bom dia!", com o pai ou a mãe que vêem quando não estamos bem. Tão previsíveis e, ao mesmo tempo, tão casuais.

Quero falar de um conjunto específico de relações estabelecidas em contexto de formação. Quero falar porque o conjunto de pessoas correspondente o merece, mesmo que ninguém leia... eu escrevo. E escrevo porque não quero que pare por aqui, porque quero mais almoços e, até preferencialmente, jantares :o)

Apesar da ida de dois elementos para a mãe África, mãe humana e civilizacional, não quero que seja entrave a este convivio futuro. Não costumo ser assim, até costumo ser bastante desligado deste contexto dito, para mim, profissional. Daí, também, o meu espanto com este grupo de pessoas. O que foi diferente? Apenas as variáveis controladas do próprio contexto, que trabalham a motivação e as relações dentro do grupo de formandos? Não creio... A experiência e, no entanto, ingenuidade de uns, o carácter enigmático de outros, o agarrar da vida pelos cornos de outros, a "manhosice"... ingredientes de um conjunto de convivências que me fez, e faz, muito sentido.

Obrigado pela marca deixada. Desculpem se, em alguma das minhas graçolas, fui mais além do que devia, pois não era, certamente, a minha intenção.

Até breve colegas formadores...

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Eu gosto...

Gosto das Terças porque as Segundas parecem intermináveis, uma morte lenta do fim-de-semana. Gosto do mar e de como ele me reflecte, por dentro e por fora. Gosto, por vezes, de remoer no meu humor triste, como quem mete um dedo na ferida pelo prazer de sentir que está lá (vá-se lá perceber!). Gosto de saber e de demonstrar que sei, quando sei. Gosto de adaptar a velocidade do limpa pára-brisas à cadência da chuva que cai (sem comentários). Gosto de procurar uma boa gargalhada em todo o lado e em todas as situações, embora, às vezes, seja difícil. Gosto, de manhã, do calor da cama que deixo para trás e gosto do Sol baixo matutino que me dificulta a condução. Gosto de escrever para me organizar e gosto de partilhar o que sinto, mas é-me difícil expor-me (tenho de arranjar uns heterónimos). Gosto de fumar um cigarro pensativo de quando em vez, no meio dos de vício puro. Gosto de ter mão em mim e assusto-me quando me passo entre os dedos.



Num dia em que acho que não gosto de nada, até gosto de algumas coisas. Ridículas? Talvez... mas o que interessa é o verbo e a existência de pensamentos e frases que o conjuguem, até nos dias maus.

terça-feira, janeiro 16, 2007

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Mestre III


(entrevista 1990 - 3ª parte)

Mestre II


(entrevista 1990 - 2ª parte)

Mestre I

Um verdadeiro tesouro Português televisionado, para nossa felicidade... Mestre no sentido lato, não academicamente, porque neste âmbito era Professor Doutor como há poucos. Uma lição de sabedoria e humildade, lembrando que, teoricamente, se chega à primeira somente quando se adquire a segunda. Não falarei mais. Eis mestre Agostinho da Silva...


(entrevista 1990 - 1ª parte)

terça-feira, janeiro 09, 2007

Ai Florbela

Não costumo fazer minhas as palavras dos outros, no entanto roubem-vos uns momentos e leiam atenta e pausadamente:

"Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!"

Ai Florbela, que pena ser "poeta" da prosa e não da musicalidade do verso... Um dia tentarei.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

"Mundo estranho, este!"

Surge a exclamação no rosto e nas palavras do observador. Numa metade morrem crianças sem alimentos, sem as suas necessidades fisiológicas satisfeitas, base da motivação e vivência humanas, sem ambições além do próximo momento em que ingerirão qualquer coisa. As suas barrigas parecem luas cheias... não contendo nada além de água. Inóspitas por dentro e por fora, de caras no chão. A esperança de vida é baixa, assim como a dignidade. Noutra metade morre-se de obesidade e a esperança de vida, lá de cima, desce, quando antes sempre foi uma recta em ascensão... diabetes e colesterol fora da escala. Come-se muita merda, dizem eles...

De um lado apregoa-se a "liberdade" e os mesmos semeiam o terror, pelas suas mãos ou pelas dos que apoiam. Mata-se como há 1000 anos atrás, não sem antes mandar o pobre coitado para o Inferno e, no entanto, "mexe-se" no genoma e descodificam-se elementos de ordens de grandeza infinitamente baixas. Descobrem-se mundos no Mundo, embora não preservemos o pouco que deste nos resta, Mundo estranho, este!

As gentes deitam no lixo o ano que passou, os maus momentos, alguns bons também, talvez por ser a única forma de continuarem a viver. "Começar de novo", um sentimento generalizado demais, talvez sintomático de que algo não está bem. Estabelecem-se metas e, no entanto, nada muda... só pouco a pouco, num processo moroso, talvez moroso demais para que se possa aguentar, daí as metas... talvez... talvez... Mundo estranho, este!

Face-a-face com estes cenários, muitos continuam a dar o pouco que não têm, a embarcar em voluntariados aquém e além mar, fruto de altruísmo ou revolta com os que cá ficam... na razão não vejo razão para a encontrar. Face-a-face com estes cenários continuamos a escrever sinfonias, e a cantá-las, porque não... continuamos a ter esperança, (pequeno sorriso irónico), esperança no futuro. Mundo estranho, este!

terça-feira, janeiro 02, 2007

Braincontrol@Salamanca IV

Uma cidade totalmente diferente da encontrada noutras visitas. Muitos Portugueses numa invasão descontrolada e, desta feita sim, bárbara. Demasiado bárbara. A versão Salamanca estudantil e "erásmica", encontrada aquando de outras visitas, surge-me como muito mais aliciante e boémia.



No entanto, (e sim, há um "no entanto") gostei de perceber que, mais uma vez, o espírito "lebre" viajou connosco. Pura galhofa! Obrigado a todos, sem excepção, por isso.



Desejo a todos um grande 2007, yada yada yada... como também, provavelmente, sabem, não nutro especial empatia pela passagem de ano, período de muitas resoluções e mudanças e pouca actividade nesse sentido... pessoalmente, prefiro não me enganar a mim próprio. De qualquer maneira, yada yada yada para todos, sabendo que o desejo de que sejam felizes a todos os níveis é sincero e não tem quadra, arrasta-se ao longo do ano, a cada decisão dificil ou tempo de crise. Claro que nos tempos fáceis e de alegria cá estaremos para festejar, as usual!

Coragem amigos!