A melhor profissão do mundo é Filósofo, mas não os licenciados em Filosofia, com as respectivas saídas profissionais (sem desprimor, obviamente, pelos visados). Filósofos, mas em tempos imemoriais. Eu, pessoalmente, viveria disso, da contemplação, da reflexão... estarei a reduzir toda uma ciência do pensamento a um, talvez dois estereótipos? Estou! Mas sou eu quem dirige a conversa (daí o Braincontrol).
A meta-análise da realidade, dos mecanismos que nos permitem olhá-la e compreendê-la, é, ou pode tornar-se, uma ocupação a tempo inteiro, diria, para quem não tem cuidado, para quem se deixa levar na sua espiral. Não deixa de ser um "exercício" muito engraçado. A minha questão é essa mesmo. Se, na altura, esta capacidade era acompanhada de estatuto, hoje-em-dia é penalizada socialmente, uma vez que prejudica a acção, verbo importantíssimo nos dias que correm. Enfim, lembro um "pobre" desempregado, nas reuniões, para não lhes chamar encontros informais, no centro de emprego, licenciado em História e mestrado em Filosofia. Face à questão inicial, da respectiva apresentação, situação profissional, etc., ele responde: "Olhe, eu não sei se será mais pedante dizer que sou Historiador, se dizer que sou Filósofo.", arrancando de mim uma sonora gargalhada.
Hoje temos de ser ovelhas, e a ronhosa é, gentilmente, convidada a abandonar o projecto de rebanho.
3 comentários:
Devias ter dito ao filohistórico: Vai trabalhar malandro, que para pensar estou cá eu!
Numa sociedade em que "tempo é dinheiro", ser filosofo é visto exactamente como uma perda de tempo...
psicólogo é bem melhor...
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